O dia em que a aranha falou com a minha mãe

Era uma manhã de segunda - feira, era inverno no Oeste do Paraná.
Minha mãe estava sozinha, pois eu estava na escola e meu pai trabalhando. Ela começou a limpar a casa como de costume, passou pano no chão, arrumou as camas e por fim lavar o fundo de casa.
Estava ela lavando, quando perto dos seus pés para uma "adorável" criaturinha, uma aranha caranguejeira.
Minha mãe naquele momento paralisou-se, quase entrando em estado de choque. Logo saiu.
E começaram os gritos:
- Aiiii, socorro ! Alguém me ajuda aqui ! Por favor alguém ! (...)

Bem, a gritaria foi em vão ela estava sozinha. Coitada. Naquele momento então, fez ela jus ao significado do seu nome Valquíria (Guerreira), pegou a vassoura e com força e medo, bateu na aranha.

PLOFT!

Bateu várias vezes até acreditar que tinha matado ela. Pouco depois, aliviada e continuando o seu serviço; Ela se depara com a terrível aranha novamente, vendo seus passos sinistros em sua direção, então a minha mãe não pensou duas vezes, bateu com a vassoura dessa vez com mais força.

PLOFT! PLOFT!

Enfim matou a aranha e a jogou perto de umas pedras. Andando um pouco mais para a frente, lavando o resto do quintal, pensando em como tinha dado fim a vida daquela criatura, ela escuta:
- Valquíííria...
Num tom meio abafado e assustador.

Minha mãe então pensou : Meu Deus é a aranha, que veio tirar satisfações sobre o seu assassinato. Ela então estava a tremer, morrendo de medo de se virar e encarar o espírito da aranha assassinada.
Criou coragem. Decidiu se virar, pensando ja se iria olhar e correr,correr e olhar, ou simplesmente bater e correr.

Se virou,

e viu ...

Viu que era a Cássia, a empregada de casa que tinha se ausentado no dia pois havia feito uma cirurgia no nariz.

__________________________________________(risos)