quinta-feira, 3 de junho de 2010

Eco



Enfim, a Dama de Copas VOLTOU, confesso que pensei em desistir, mas as dicas, os pedidos, para novos textos acendeu uma luzinha no meu coração. Então,é isso. É de algo a ver com coração que irei falar.

O amor.
A palavra amor (do latim amor) presta-se a múltiplos significados na língua portuguesa. Pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc. O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e enviar os estímulos sensoriais e psicológicos necessários para a sua manutenção e motivação.

O amor.
Aquele sentimento estranho que cria borboletas em seus estômago ao ver o amado(a).
Aquele sentimento bonito que a mãe tem para com o seu filho.
Aquele sentimento abobalhado de amigos.
Parei e pensei, e cheguei a conclusão que o amor não é simplesmente algo extremamente abstrato a ponto de você não conseguir escrever e/ou falar. Na verdade, ele é simples, muito simples. Veja se me acompanha:

Anos atrás nasce uma criança. Naquele quarto de hospital, a sua mãe chora ao ouvir o primeiro choro do seu pequeno fruto de amor, aquele pequeno ser, aquela pequena Vida, que acabou de receber as boas-vindas deste tão vasto mundo.O menino chamado Raimundo, cresceu vendo seus pais cultivarem o mais belo amor, amizade e companheirismo, tudo isso passado em forma de carinho, ao pequeno menino Raimundo.

No mesmo ano de nascimento do menino Raimundo, nasceu Catarina. Sua mãe chorou ao ouvir o seu choro, não por emoção mais por tristeza, pois momentos depois entregaria a pequenina menina Catarina, ao léu. Catarina cresceu, nas ruas, sem conhecer o amor, sem ter mãe, ou pai, se quer amigos, roubava para poder comer, as calçadas da avenida Anhanguera eram seu leito. Catarina apenas conhecera a dor, até então.

(...)

Catarina e Raimundo se tornam jovens.

Raimundo, jovem, de bem com a vida, universitário.
Catarina, jovem, não tão de bem com a vida, analfabeta.

As 22:00 de uma quarta-feira,inverno.Catarina planeja cometer seu ultimo crime da noite, assaltar o próximo carro no sinal.
As 22:04 de uma quarta-feira,fria, na avenida Anhanguera,sinal vermelho. Raimundo para o carro.

Um golpe, vidro quebrado, duas pessoas assustadas. O tempo passa devagar, agora Raimundo e Catarina se olham nos olhos lentamente. Catarina grita, para que ele saia do carro, Raimundo insiste negativamente.
Grito.Barulho estrondoso. Tiro. Bala. Pele. Sangue.

Catarina, a pequena menina que havia crescido sem educação, sem carinho, sem instrução, sem conhecer o amor. Lágrimas rolam pelo rosto. Ela nunca havia atirado em alguém. Peso na consciência.

Raimundo não morreu.

Catarina o ajuda, o leva ao hospital, na volta para as calçadas, lá começa a vender Crack, como todas as noites. A polícia chega, como nenhuma outra vez. Catarina é presa.

Raimundo e Catarina, presos. Em um hospital;em uma cadeia. Os dois lembram do breve e demorado olhar.

Passam se os anos (...)
Raimundo sem rancores,continua a vida, muito bem. Catarina saiu da cadeia, trabalhava dignamente e entrou em uma faculdade.

Raimundo e Catarina se esbarram em meio a avenida Anhanguera, Catarina derruba os livros, Raimundo a ajuda. Olham-se nos olhos. Não se lembram. Raimundo desculpa-se e a convida para um café. Olham-se nos olhos. Não se lembram. Continuam a se encontrar,amam-se. (...)
Um dia, os dois no carro, param naquele mesmo sinal, é inverno. O carro da frente é assaltado.Escuta-se um tiro. Silêncio. Grito. Catarina olha nos olhos de Raimundo. Os dois se reconhecem.

As histórias de suas vidas são novamente contadas por cada um. Catarina, pediu perdão, sua vida havia mudado completamente, Raimundo como a amava verdadeiramente aceitou.

Moral da história: Bem, a primeira coisa que eu digo é isso é uma história, um acaso, dificilmente isso acontece.
Mas a idéia central é mostrar os vários tipos de Amor, o da criança ao nascer, dos pais, das ruas, de casais. E que cada espécie de amor, só nasce se houver um coração de um lado e outro do outro batendo juntos. Quem ama perdoa, quem ama compreende, quem ama valoriza. Seria preciso um conto praticamente impossível, pra retratar isso? Será que a verdadeira essência do amor, acabou? Ou se tornou impossível?

...

Cultive essa essência. Liberte-se, solte-se,eleve-se! Ame. E deixe-se amar, pois o amor produz eco, mas será que você o escuta?

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Cultive essa essência.