quarta-feira, 7 de abril de 2010

A Gangorra


É interessante como a gangorra, aquele brinquedo típico dos parques de diversão lembra os movimentos da vida.
É como se ela fosse a representação lúdica da realidade. Na verdade, a vida é como a gangorra, ora estamos em cima, ora estamos embaixo. Em alguns dias nos sentimos muito bem, tudo dá certo. As coisas acontecem num fluir de paz e alegria. Parece até que Deus nos toma em Seus Braços e caminha conosco pelos corredores da existência.
Nada nos falta! O que era paz transforma-se numa agonia. A sensação de segurança da lugar ao pânico.

Motivos: Surpresas desagradáveis, enfermidades, crise financeira, luta na família. Nessas horas, até a fé entra em crise, pois imaginamos que Deus nos abandonou.

Na verdade, a gangorra representa simbolicamente a busca do PONTO DE EQUILÍBRIO entre os movimentos de subida e descida e nesta constante alternância, ela nos ensina importantes lições.
Nínguem pode viver na ilusão de que vivemos num eterno estado de graça. Tampouco conceber a vida como um contínuo sofrimento, como se isto fosse um destino. Com certeza, a vida nem pode ser concebida como uma experiência que exclui o sofrimento, nem como uma agonia constante. A vida é um eterno desafio na busca do equilíbrio entre a dor e a alegria, a noite e o dia, as lágrimas e o sorriso.

Viver é conviver sobriamente como o lúdico e o trágico, a fé e a incerteza. É saber atravessar os vales escuros para contemplar o nascer do sol. Os movimentos difíceis servem como adubo que fertiliza o solo da nossa existência, as lágrimas irrigam as sementes de onde brotam ESPERANÇA e VITÓRIA, na certeza de que viver é uma experiência maravilhosa.
Por fim, a gangorra também representa um desafio ao nosso relacionamento com Deus. Reconhecê-lo quando estamos por cima, e adorá-lo quando estivermos por baixo, revelarão nossa consciência da Sua Presença em nossa vida. A vida é, por excelência uma experiência de luz e esperança.

Contudo, no seu transcorrer, podemos deparar-nos com a dor, a tristeza e a escuridão. É a gangorra em movimento, mas o que importa é a busca do Equilíbrio.

O Senhor é o ponto de equilíbrio da gangorra.

Por isso a Bíblia diz: "Em tudo daí graças". (1 Tessalonicenses 5.18).

A fé que não é confrontada com a adversidade não passa de mera crendice.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Vivendo e aprendendo


Vida, vida...Essa montanha russa louca. Eu poderia jurar que estava no topo dela, uma sensação maravilhosa, como se eu pudesse voar, como se nada lá em baixo importasse... Mas em um piscar de olhos eu desci, tão rápido que eu nem tive tempo de me preparar, me pegou de surpresa e agora estou aqui em baixo, novamente, tentando me recuperar do susto e me preparar para outra subida. Primeira tentativa: Choro. Segunda tentativa: Bebida. Terceira tentativa: Amar-me. Dentre essas opções de inicio fui de cara às duas primeiras. Resultado? Acabei me sentindo pior ainda porque eu não estava tentando resolver, ao contrario, essas alternativas só iriam piorar as coisas, tanto para a situação quando para mim mesma, eu estava indo por um caminho errado que só me frustraria mais e mais, então eu parei, refleti e cheguei à conclusão que: As decepções, quedas, declínios, frustrações, tudo isso faz parte da vida e você precisa ser forte e decidida para encarar essa realidade todos os dias. Recomeçar, aprender, evoluir, sorrir novamente, viver. Hoje quando acordei olhei no espelho e vi a pessoa que mais me ama no mundo. Uma musica contagiante, a manha ensolarada, é esse tipo de coisa até ajuda, mas o que eu mais tenho hoje, com certeza é amor próprio. Esse amor SIM, me completa, me faz feliz, abre um sorriso enorme em meu rosto desde o momento que acordo ate a hora que eu fecho os olhos para dormir, esse amor dificilmente me decepcionará, me da forças quando ninguém me ajuda, pode ter dimensões gigantescas, me deixa sonhar apenas com o que eu posso e com o que me faz bem, amor próprio, o meu amor.

A gente ama quando pode, esquece quando é preciso e aprende que só vale à pena lutar por aquilo que vale a pena possuir. HOJE, eu me amo, eu esqueço o que é preciso e sei que vale a pena lutar pela minha felicidade, porque vale à pena possuí-la.


Por Géssica Kayane Vasconcelos, uma grande amiga.